Dia 23 de agosto é dia de festejar a manifestação cultural genuinamente Limoeirense

Na última segunda-feira (23), foi comemorado em Limoeiro, o Dia Municipal do Boi de Caboclinho, uma tradicional manifestação da nossa cultura popular. Em uma noite festiva e com a presença de artistas, autoridades e com público reduzido, obedecendo as medidas sanitárias vigentes, a comemoração contou a participação do Boi Pavão, que fez sua apresentação, ofertando a contrapartida em recebimento aos recursos da Lei Aldir Blanc em Limoeiro. O dia foi marcado ainda pela inauguração do novo mural localizado na Praça da Bandeira, retratando a partir da visão do artista plástico local, Waldésio Melo, o nosso Boi de Caboclinho. 

O presidente da Federação Cultural dos Bois e Similares – FECBOIS/PE, Aelson da Hora, ressaltou a importância da valorização da cultura, e a representatividade que o segmento tem dentro do município. “Já conseguimos avançar bastante aqui em Limoeiro, hoje, já temos o Dia Municipal do Boi, como Lei e sendo comemorado pelo poder público; temos o encontro municipal dos Bois de Caboclinhos; e temos hoje ainda, a inauguração deste mural, na Praça da Bandeira, que para muitos pode ser algo simples, mas, que para nós, é de uma grandeza imensa, porque significa mais um passo dado para continuar avançando”. 

Entre plumas, cores e brilhos, os 13 grupos de Bois de Caboclinhos existentes hoje na cidade, são um importante símbolo de perpetuação da cultura Limoeirense, misturando personagens humanos e animais fantásticos, que giram em torno da luta, entre o Caboclinho (que representa os índios que habitavam nosso território) com o boi. A Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, estuda o desenvolvimento de ações efetivas para atuar junto aos brincantes e aos diversos grupos existentes, para preservar essa tradição que dá a Limoeiro, o título de ‘Terra dos Bois de Caboclinhos’, e que de acordo com os registros, teve início em 1912, com o Boi Coração, Essa brincadeira conta que com ritmo próprio e evoluções que encantam as gerações.

“A cultura popular de Limoeiro, não é feita apenas pelos Bois, mas, pelos ursos, escolas de samba, pelo morto carregando o vivo, e por todos os brincantes que deles participam. Através dos diversos grupos de bois, conseguimos resgatar vidas.”, afirma Josinaldo Costa, presidente da LICBOIS/LIMOEIRO.