A Prefeitura de Limoeiro tem realizado diversas ações para combater o aumento de casos de arboviroses no município. Paralelo ao trabalho de prevenção ao novo coronavírus, a Secretaria Municipal de Saúde tem atuado diariamente nos bairros, visando o controle de doenças como Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. De acordo com o setor de Vigilância em Saúde, o número de casos suspeitos e confirmados de arboviroses apresentou elevação nas últimas semanas.

“Também precisamos de um momento para cuidar do nosso quintal e da nossa casa para evitar água estagnada. Estão surgindo casos de Dengue, Chikungunya e Zika, e sabemos que no passado foi um flagelo. São doenças oportunistas que podem voltar se a gente não se precaver. Nossa equipe de Saúde Ambiental está nas ruas, mas também é preciso que a população possa tirar cinco ou dez minutos do seu dia para olhar seu quintal, sua casa e a vizinhança. Todo mundo se ajudando e se protegendo”, alerta o prefeito Orlando Jorge.

Para coordenadora de Vigilância em Saúde, Rinaldja Cabral, o cenário também é observado em outros municípios pela sazonalidade destes agravos, em especial, pela ocorrência de chuvas intermitentes nesse período. Sensibilização dos profissionais da Atenção Básica, notificações, identificação de casos suspeitos, campanha de conscientização nas redes sociais, divulgação de medidas de controle em carro de som, mapeamento dos casos suspeitos para direcionamento das ações, visitas domiciliares e realização do levantamento rápido de índice larvário são algumas das ações.

Segundo a coordenadora, estão sendo realizados mutirões de visitas com os Agentes de Combate às Endemias (ACE) em parceria com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas áreas com maiores números de casos suspeitos, que são nos bairros São Sebastião, Otácio de Lemos, Nossa Senhora de Fátima, Santa Luzia, Redentor, João Ernesto e na área dos Coqueiros. A ação é agregada a realização de bloqueio de transmissão com equipamento acoplado a veículo (UBV pesada) e costal (UBV leve).

A aplicação do UBV pesado, conhecido como “carro fumacê”, tem ocorrido em algumas localidades durante esta semana. A aplicação do UBV leve, também chamado de “bomba costal”, também ocorre em locais mapeados pela vigilância ambiental conforme número de casos em cada região. “A Secretaria de Saúde está empenhada na realização de ações de controle das arboviroses”, afirma a coordenadora.

Cuidados – De acordo com a Secretaria de Saúde, a aplicação do inseticida com o uso do carro UBV tem como finalidade principal a eliminação das fêmeas do mosquito Aedes Aegypti. Mas atenção: é preciso que todos possam seguir as orientações: Retirar roupas dos varais; Retirar passarinhos e outros animais dos locais ao alcance do inseticida; Abrir portas e janelas durante a passagem do carro; Evitar permanecer nas calçadas; Trocar águas e comidas de animais após passagem do carro.

Rotina – Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) seguem com visitas domiciliares, Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), bloqueio costal de aplicação manual em Ultra Baixo Volume (UBV) nos espaços públicos para impedir a ação do mosquito e distribuição de capas de proteção para depósitos vulneráveis com capacidade de 200 a 1000 litros. Para o coordenador da Vigilância Ambiental, Jeanderson Freitas, a população precisa colaborar rotineiramente com simples hábitos de prevenção.

“A conscientização da população para evitar os criadouros nas residências e realizar o descarte adequado de materiais que possam vir a ser possíveis criadouros ainda é a forma mais eficiente de combater esse mosquito”, destaca Freitas. “Para isso, é preciso que cada pessoa verifique seu quintal ao menos uma vez por semana e que trate a dengue como uma doença séria, que traz consequências graves para população e que pode até matar”, reforça.

Dicas – Manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito; manter bem tampados tonéis e barris d’água são medidas simples para combater o mosquito. Dados mostram que o foco maior está nas residências, sendo assim, é ideal que o morador adote práticas como: manter os pratos de vasos de flores e plantas com areia; guardar garrafas com a boca virada para baixo; limpar sempre as calhas dos canos, não jogar lixo em terrenos baldios; e manter baldes, caixas d´água e piscinas sempre tampados.

A coordenação do órgão também recebe demandas através de informações de moradores, a exemplo de imóveis fechados, o que gera uma visita de fiscalização e controle. “Primeiramente, os agentes realizam o trabalho de orientação e prevenção junto ao morador sobre a importância de sempre verificar se no imóvel há a existência de possíveis criadouros do Aedes e que possa ser eliminado de forma mecânica. Outra forma de eliminação das larvas desse mosquito é realizando o tratamento focal com uso de larvicidas específicos”, explica Jeanderson.