Foto: Paulo Pinto/Prefeitura de Limoeiro

Nos últimos anos, a temática da saúde mental se tornou mais presente nos debates sociais. Enfrentando tabus, preconceitos e comportamentos culturais, a pauta tem sido fundamental para alertar a sociedade às questões relacionadas ao emocional das pessoas. Com os reflexos da pandemia do novo coronavírus, que impôs mudanças imediatas de convivência e de hábitos, a necessidade de priorizar os cuidados com a mente aumentou.

Porém, a campanha Janeiro Branco – criada no Brasil em 2014 – já vem buscando promover uma humanidade mais saudável e equilibrada. Dentro desse contexto, a Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria de Saúde, garantiu apoio à palestra proferida pelos psicólogos Leonardo Abrahão e Valéria Ribeiro, criadores da campanha, que este ano aborda o tema “A vida pede equilíbrio”. O evento ocorreu na noite de sexta-feira (13), no Centro de Criação Galpão das Artes, no Centro da cidade.

“A campanha Janeiro Branco é uma oportunidade que a sociedade brasileira conseguiu fazer valer, consolidando e implementando enquanto movimento brasileiro pela saúde mental. É um ‘tsunami’ de propostas, de eventos e de reflexões sobre saúde mental em todo o país. Ao mesmo, várias instituições públicas e privadas estão fazendo a campanha, porque a humanidade percebeu que, se não parar para pensar como se está vivendo nos aspectos sentimental e emocional, a saúde vai piorar”, comentou Abrahão.

O criador da campanha citou situações que rotineiramente são exemplos do adoecimento mental da população. “Muita agressividade no trânsito, na convivência de vizinhança e até mesmo dentro das igrejas. Estamos vendo agressividade, violência e falta de respeito em relação à condição humana até dentro de hospitais. Então é preciso parar e pensar se as escolhas que estamos fazendo e os sentidos que estamos elegendo como propostas de vida são saudáveis”, reforçou o palestrante.

Foto: Paulo Pinto/Prefeitura de Limoeiro

Ainda no encontro, que reuniu diversos profissionais atuantes nos serviços ofertados pela gestão municipal, Leonardo Abrahão deixou questionamentos para reflexão e, consequentemente, compartilhamento com a sociedade. Para o psicólogo, é preciso analisar se os comportamentos pessoais produzem saúde ou doença e produzem paz de espírito ou perturbação. Ele também alertou que essas situações podem desencadear problemas como depressão, ansiedade e alcoolismo.

As questões mentais não escolhem idade, religião, raça ou classe social. Existindo relação humana, haverá possibilidade de problema psicológico. Como os seres humanos também são feitos de sentimentos, pensamentos e emoções, os resultados podem ser de equilíbrio ou desequilíbrio, de razões ou de perdas de razões. Tudo isso fortalece a importância de as instituições abrirem mais espaços para debates sobre saúde mental, fazendo com que a campanha Janeiro Branco seja o ano todo.

Ações em Limoeiro

Além do apoio dado à palestra, a Prefeitura de Limoeiro, numa ação integrada das pastas ligadas ao setor da Saúde, está promovendo durante o mês de janeiro diversas ações dentro da campanha Janeiro Branco, com destaque para os trabalhos desenvolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Estamos juntos na missão de construir uma sociedade mais saudável e no compromisso de promover bem-estar e qualidade de vida para o nosso povo”, diz nota do governo municipal.

Janeiro Branco

De acordo o site oficial da campanha, trata-se de um movimento social dedicado à construção de uma cultura da saúde mental na humanidade. É, também, o nome do instituto que coordena esse movimento. O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, das sociedades e das autoridades para as necessidades relacionadas à saúde mental dos seres humanos. Uma humanidade mais saudável pressupõe respeito à condição psicológica.

O primeiro mês do ano inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia. A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.