Foto: Vinícius Emanuel/Prefeitura de Limoeiro

Ciente da importância do setor cultural para o desenvolvimento social e econômico do município, a Prefeitura de Limoeiro garantiu apoio à realização da 12ª edição do Encontro de Bandas e Fanfarras da Comunidade da Linha. O evento ocorreu na tarde de domingo (16), na Rua Sebastião Manoel de Moura. A programação contou com 18 grupos vindos dos municípios de Agrestina, Cumaru, Igarassu, Tracunhaém, além de Limoeiro, cidade-sede do encontro.

Músico e idealizador do evento, Roberto Silva, popularmente conhecido por “Beto do Poço”, mora na comunidade há vários anos e mantém a tradição de reunir bandas e fanfarras no mês de outubro, proporcionando momentos de cultura e lazer aos moradores e visitantes. “Foi um sonho que eu tinha aqui no Bairro da Linha e comecei a realizar. Infelizmente, por conta da pandemia, nos últimos dois anos não conseguimos fazer. Mas estamos de volta”, comemorou Roberto.

Concentrados no pátio da Igreja Matriz de São Sebastião, os músicos percorreram parte da Avenida São Sebastião, ingressando na Manoel Sebastião de Moura, conhecida por “Rua da Linha”, com evoluções, ritmos, sons e coreografias que animaram o grande público. A logística de segurança e organização foi garantida pela gestão municipal. “Quero agradecer à Prefeitura de Limoeiro, que deu todo o suporte através das Secretarias Municipais”, destacou o idealizador.

Instalada na própria comunidade do evento, a Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos também participou do Encontro de Bandas e Fanfarras da Comunidade da Linha. Foi mais um importante momento para os estudantes da unidade educacional demonstrarem talento e integração social. “É uma satisfação imensa estar aqui com a Banda Marcial Nossa Senhora dos Anjos, participando deste momento”, declarou a gestora da escola, professora Joveci Santiago.

Recentemente, a banda esteve na programação do Desfile de 7 de Setembro de Limoeiro. Dessa vez, garantiu participação na Comunidade da Linha. Mas as apresentações não param: “Já tem convite para se apresentar no Distrito de Umari (Bom Jardim)”, revelou Joveci. A Banda Marcial Nossa Senhora dos Anjos conta com 24 componentes, sendo 22 músicos e duas balizas. “As crianças de nossa comunidade têm um potencial enorme, igual às outras crianças das outras comunidades”, enalteceu a diretora.

Além da banda, a escola da comunidade também desenvolve o Projeto Música na Terra Amada, garantindo, inclusive, a participação de alunos com deficiência. “Queremos tirar esse legado de comunidade carente. Estamos aqui para ajudar e fazer com que essas crianças, no futuro, sejam pessoas de bem. Temos um trabalho de inclusão dentro da própria escola e queremos fazer muito mais. O que estiver ao nosso alcance só estamos a abraçar”, declarou Santiago.

Foto: Vinícius Emanuel/Prefeitura de Limoeiro

Música na Terra Amada

O Projeto Música na Terra Amada foi lançado em março deste ano, com o objetivo de estimular as crianças e os jovens à aprendizagem, às interações sociais e ao desenvolvimento de habilidades, por meio da valorização das diversas manifestações culturais. No momento, as instituições de ensino contempladas são as Escolas Cônego Deusdedith, Nossa Senhora dos Anjos, João Heráclio Duarte, Professor Antônio de Souza Vilaça e Henrique de Alencar Castelo Branco.

O projeto tem caráter pedagógico e de formação, para que os alunos da rede municipal compreendam a verdadeira forma de aprender música. “Vamos fazer com que as crianças possam ter condição de se profissionalizar na música. Haveremos de avançar nas demais escolas e não ficar apenas com banda marcial, nessa parceria com a 25 de Setembro, que tem 85 anos de história emancipando jovens e transformando vidas”, explicou o prefeito Orlando Jorge.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania, o projeto é garantido por recursos da Prefeitura. Os valores são repassados por meio de subvenção social. “Trata-se de um projeto que justifica receber essa subvenção, pois transforma vidas. Todas as crianças envolvidas possuem NIS, são pessoas de baixa renda e estão na Rede Municipal de Ensino. A Educação entra com a infraestrutura e logística, e a Cultura garante os instrumentos”, explicou a secretária da pasta, Flávia Melo.