Foto: Wilker Mattos/Prefeitura de Limoeiro

No período de 22 a 31 de março, o município de Limoeiro abre as portas para receber a exposição itinerante “Pare, olhe, escute: Os caminhos do Patrimônio Ferroviário de Pernambuco”. Projeto do “Museu do Trem”, a exposição pode ser apreciada na Escola Municipal Desembargador José Alexandre de Vasconcelos Aquino, localizada na Avenida Jerônimo Heráclio, nas proximidades da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro (FACAL), com acesso gratuito.

A iniciativa do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Limoeiro (IHGCL) de colocar a Princesa do Capibaribe na rota da exposição tem recebido o apoio da Prefeitura de Limoeiro, por meio das Secretarias Municipais de Educação e Esportes e de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, e do Governo do Estado, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Desde a abertura, o evento tem registrado número considerável de visitantes.

Painéis que contam a história do trem em Pernambuco, peças do memorial da linha férrea, peças específicas da história do trem em Limoeiro, além de maquete que reconstitui o pátio da antiga Estação Ferroviária da cidade são alguns dos materiais que os visitantes encontrarão na exposição. Um material muito rico e inteiramente disponível ao público em geral sem a necessidade de agendamento, proporcionando uma verdadeira viagem ao passado.

Foto: Wilker Mattos/Prefeitura de Limoeiro

“É uma história que não está tão longe. Uma história pregressa importante que Limoeiro perdeu ao longo das décadas, mas que, quando a gente começa a observar as fotografias, percebe todo um processo de demonstração que o Museu do Trem de Pernambuco traz para os municípios, sobretudo, aqueles que, no passado, tinham a ferrovia”, destaca o prefeito Orlando Jorge, que também menciona a colaboração dada pelos trilhos ao desenvolvimento econômico da região.

A exposição foi criada pelo Museu do Trem do Recife e pela Gerência Geral de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe, tendo o objetivo de difundir o patrimônio ferroviário de Pernambuco e as ações realizadas pela sua preservação. De acordo com o pesquisador e historiador Sivaldo Venerando, com a linha férrea inaugurada em 1881, a estação de Limoeiro foi uma referência para todas as cidades da região com ponto de partida e de chegada de passageiros e de cargas.

“A exposição conta exatamente a história da nossa ferrovia. Ela traz todo o contexto da malha viária em Pernambuco, mas, para Limoeiro, tem uma importância muito grande, pois está viva na memória afetiva das pessoas que chegaram, inclusive, a andar de trem. Segundo a história nos traz, a linha férrea de Recife a Limoeiro foi inaugurada em 1881 pela Companhia Inglesa Bed Western e trouxe muito desenvolvimento econômico para Paudalho, Carpina e Limoeiro”, conta Venerando.

Foto: Wilker Mattos/Prefeitura de Limoeiro

De acordo com o historiador André Cardoso, a proposta tem sido levar a exposição para além das portas do Museu do Trem. “Esta sala começou seu percurso em julho de 2022, ainda na Fenearte, e já rodou por Garanhuns, Paudalho, Cabo de Santo Agostinho, Cortês e, mais recentemente, esteve no Campus Dois Irmãos da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife. Agora, volta ao Agreste, passando por Limoeiro”, detalha Cardoso, que integra a coordenação do projeto itinerante.

Presente na abertura da exposição, o secretário de Educação e Esportes de Limoeiro, Fernando Melo, diz que o município vive uma oportunidade de resgate e preservação da história. “Dentro de tantos aspectos, a gente resgata e apresenta elementos dessa história, através do Museu do Trem de Pernambuco e do Instituto Histórico de Limoeiro, para ser conhecida e revivida pelos limoeirenses. É um momento bastante significativo”, completa Fernando.

Diretor do Museu Dona Daluz, instalado no Centro de Criação Galpão das Artes, em Limoeiro, e considerado o menor do mundo, o professor Fábio André avalia como importante e necessária a memória trazida pelo Museu do Trem. “Daí vem a importância de salvaguardar a memória. Esse exercício aqui é importante para os estudantes e professores. Devemos reforçar o papel da sociedade civil enquanto promotora do evento e do apoio que a Prefeitura concede”, comenta.